2014/04/28

Iwata Kappuru na TV japonesa! (◎_◎;)



Quem nos segue no Twitter já viu (e riu), mas vale a pena deixar registrada no blog nossa primeira - e, espero, última! - aparição na TV japonesa, mais especificamente no programa matutino Zoom In!! Saturday da Nippon TV. (*/∀\*)

Um belo dia estávamos andando por Shibuya, nosso lugar favorito de Tokyo, até que dois japoneses muito simpáticos nos abordaram no meio daquela multidão toda. Elogiaram nosso estilo e foram direto ao ponto: "gostariam de aparecer no nosso programa, o Zoom In!! Saturday?". (*゚ω゚*)

Mas, hein?! ( ◎ Д ◎ )

Apesar de já tê-lo assistido algumas vezes, nós não associamos o nome ao programa de imediato. Mas, basicamente, é um programa de variedades que passa todo sábado de manhã na 日本テレビ (Nippon TV ou NTV para os mais íntimos). Nele, há um quadro que mostra vários estrangeiros falando sobre o Japão. Experiências pessoais, comida favorita, se lê ou não kanji, o que gosta e o que não gosta no país, enfim, os temas são variados e sempre muito curiosos e engraçados. Em geral, o nível de japonês dos entrevistados é muito bom - excetuando o nosso caso, é claro. (*ノω<*)

Não precisamos esconder de ninguém: nós NÃO falamos japonês. Sempre fomos muito sinceros sobre isso, mas, dependendo da situação, nós entendemos razoavelmente bem o que os japoneses dizem, conseguimos ler e escrever kanji, sabemos estruturar frases e conjugar verbos, conseguimos nos virar no dia a dia. Só que na hora de abrir a boca... não sai nada! A língua trava e fica tudo entalado na garganta. Ô troço difícil! Щ(º̩̩́Дº̩̩̀щ)

O misto de vergonha, com ansiedade, insegurança e falta de domínio no idioma atrapalha o nosso avanço. Por isso, ainda estamos MUUUUUUUUUUUUITO longe de falar fluentemente esse idioma, e não precisamos mentir nem nos envergonhar disso. O que importa é que ainda estamos estudando e um dia falaremos bem... esperamos. (^_^;)

Mas, enfim, aceitamos o convite, respondemos um questionário por e-mail, gravamos em Asakusa e a entrevista foi divertidíssima! Com certeza ficará de recordação para o resto de nossas vidas. Além, é claro, de um incentivo para continuarmos a nos esforçar para aprender o idioma. Se tantos americanos, franceses, africanos, russos, australianos, portugueses e argentinos conseguem, por que nós não conseguiríamos? Qualquer um consegue! ʅ(´◔ω◔)ʃ♬

Sem mais delongas, eis o vídeo do desastre em cadeia nacional. Não sejam cruéis! (இдஇ; )





Para quem não domina a língua, o teor da entrevista foi o seguinte: a repórter perguntou se há algo no Japão que nos surpreenda. O Igor disse que os programas de TV japoneses sempre começam na hora exata. Quem mora aqui sabe: se na grade de programação estiver escrito que o noticiário começará às 21h01, vai começar 21h01, e não 21h00 ou 21h02. Não atrasa nem 1 milésimo de segundo, nunca, jamais! Aliás, é completamente normal os programas começarem em horários quebrados, como 9h01, 12h02, 15h03, em vez de horários redondos. Doido, né? (≧∇≦)

No Brasil, como todo mundo sabe, isso não existe na TV aberta (às vezes, nem na TV a cabo). No entanto, estamos fora do país há quatro anos e não sabemos exatamente como está a situação atual com a chegada da TV digital, mas... creio que nada tenha mudado, né? (^_^;)

Por isso, o Igor explicou à repórter que no Brasil se o seu programa favorito começa às 22h00 hoje, amanhã pode começar às 22h20, por exemplo. Um verdadeiro "mind blow" para os japoneses, tão escravizados pelo relógio. Acho que eles não conseguem sequer imaginar essa situação "caótica", coitados... (*≧ლ≦)

No fim, ela perguntou o que fazer, já que não dá para saber se o programa vai passar ou não, e eu respondi: "tem que ficar esperando...". Ou seria melhor eu ter dito: "desiste e deixa para ver no Youtube no dia seguinte"? (*^▽^*)

A entrevista, na verdade, durou quase 30 minutos, mas os 29 minutos restantes devem ter ficado tão ruins que nem teve como prolongar essa tortura por mais de 55 segundos. Sem falar que não haveria tempo para passar a "tortura" na íntegra, né? Coisas de TV, sei bem como é. Como podem ver, o Igor é quem salvou o negócio, meu japonês é péssimo e limitado. No entanto, nessa meia hora de entrevista nós falamos muito mais coisas, como por exemplo sobre as privadas high-tech, os trens que também são super hiper mega pontuais (ahhh, se eles soubessem como é na terrinha...), sobre nosso ritual anual de hanami e até sobre a origem de nossos óculos escuros. Assunto não faltou, o que faltou foi nihongo mesmo. Quem sabe na próxima vez estaremos falando um pouco melhor? Até lá, continuarei fugindo de câmera e microfone e registrando nossa saga pelo teclado mesmo... (^_^;)



2 comentários:

  1. Que legal!! Não tinha visto no twitter e me surpreendi quando li o texto!! Seria uma benção se tudo aqui no Brasil começasse na hora certa, em especial o horário de programas e o tão sofrido transporte público (só o ônibus que eu pego corro o sério risco de perder não um, mais dois, que passam um colado no outro).... rsrsrs

    Acho divertidos alguns programas japoneses, embora o único que eu consegui acompanhar mais ou menos foi o J-Melo, que é em inglês... Aliás, ele ainda existe?

    Parabéns por está conquista. Realmente deve ter sido uma grande e ótima surpresa.

    Já li que é mais fácil aprender o português do que o japonês, então Boa Sorte!!

    Até mais

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  2. Ganbatte no nihongo! Não é difícil não, eu acho o inglês mais complicado! Tanto q até hj tô na luta! Kkkkkkkkk

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